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                  O DIA SINISTROOO
 
Tan. tan. tan. tan. tan. tan. Hoje sexta-feira 13 de agosto, acordei cedinho, eu tinha um Gato preto que nós chamávamos Curiosamente de Alemão, ele era todo preto Com os olhos verdes. Alemão era um bichano Fabuloso gostava muito de mim, todos os dias Ficava miando em minha volta.
De mim pareciam as borboletas da lâmpada, Da música do Adoniram Barbosa, assim Estava o Alemão naquela manhã sinistra, Minha esposa, meu bem, vamos ao Veterinário, o Alemão não esta bem, o médico O examinou, aparentemente está tudo bem, Mas parece que ele que dizer alguma coisa, só Sei dizer que ele está vendo alguma coisa ,ele Que dizer pra você ,o pra mim?---sim, pra Você, o que é eu não sei. Voltamos pra casa Com o Alemão. Continuo do mesmo jeito, ao Chegar em casa falei com minha esposa, vou Levá-lo pra dar, mais uma voltinha, passeamos na praça. O alemão estava sinistro, Ficava me rodeando como se tivesse me Defendendo de alguma coisa,que só ele podia Ver, está bem eu não aguento mais este Bichano o tempo todo miando em volta  de mim, enquanto não fizesse um carinho não Largava meus pés, aquela manhã ele estava Diferente, diferente, fiz seu carinho como de Costume, mas o bichano não se contentava.
-Vai pra lá gato,  você já está me perturbando Com tantas insistências, minha doce esposa.
-Ele que passear, Eu tenho, mais o que fazer Pra ficar de passeio com gato. Ah! meu velho Leva o Alemão pra dar mais uma voltinha, Está Bem querida, um pedido seu é uma Ordem, sai Com o Alemão. Mas o bichano não Queria ficar Longe de mim nem um estante Ficava, me Olhando com se quisesse Contar-me alguma Coisa a esta altura já era às 13 e 13 minutos e 13 segundo e 13 milésimo  
De repente ouvi uma voz sussurrando em Meus ouvidos, cheguei velhote, finalmente Sua hora chegou, que hora? A hora da sua Morte, eu sou a morte,  você pensava que eu Tinha esquecido de você?
Eu não me esqueço de ninguém, ela estava Violenta, vai logo encostando ai no chão. A Morte chega chegando e foi logo me Abraçando, quem não morre quando novo de Velho não escapa, ai foi que eu compreendi a Agonia do Alemão, ele estava vendo a morte o Tempo todo me rondado.  Hoje é sua vez, vim Exclusivamente pra ti buscar,
-Não faça isto comigo pois tenho uma linda  Jovem senhora e criança nova pra cuidar, Tenha dó de mim, quem vai cuidar da minha Senhora e das minha crianças?
-Velhote esta não é hora de choradeira Quantas vezes você me esnobou , agora não Adianta chorar não estou de brincadeira, já Está pronto pra partir? 
-Pra onde você vai me levar?
- para cemitério?
- pra onde? mas eu poderia levá-lo.  Você não Está pronto! Todos falam a mesma coisa, mas Quando estava na esbornia não queria nem saber.
-A senhora queria que comigo fosse Diferente?
-Vamos velhote deixa de papo furado deite-se!
 -Ai!  você está me sufocando!
-Faço isso com todos, com você não vai ser Diferente, deite- se não fala mais nada. Comecei a chorar
- Não tente me embromar quantas vezes que Sua senhora pediu pra que você não fosse pra Esbornia ficava em casa chorando e você não Dava a mínimo.
Não dava atenção a ela, agora vem com essa Conversa mole!
- Por favor, não me leve agora, estou dando Atenção a minha doce esposa e aos filhos.
-Agora é tarde, já era velhote!
-Não quero morrer agora.
Tenho uma poção de coisas, sonhos, viagens, Minha casa para terminar.
- Não me venha com esas coisas miúdas, não Quero saber de detalhes.
 -Ah! Você gosta da música de Roberto Carlos?
-Que música?
-Avemaria quanta embromação velhote, não Tenho tempo a perder.
-Ah você gosta mesmo é da Avemaria de Franz Schubert?
-Olha eu já estou irritado com tanta bobagem.
-Você acha bobagem?
Porque não está na minha pele.
 –Marcha velho, deite-se.
- Ah! Você gosta de marchinha de Carnaval do Mário Lago,Aurora ?se você fosse sincera?
-Para  de delírio,agora chega.-
Ah você gosta mesmo e da marcha fúnebre de Frédéric Chopin?
- Para de locura, agora vamos. Seguro-me pela Garganta, jogou-me no chão sem piedade,
Eu com meus 113 anos não era mas um jovem Fiquei estendido no chão como uma jaca mole.?
-Mole porque não era você. Diante de tantas Gentileza não tive outra alternativa se não Ficar escornado no chão frio sinistro.
 A tal morte afasto-se um pouco, ficou só me Olhando, logo se formou um tumulto Generalizado, não pude fazer mais nada só Esperar um carro.  Chamaram o SAMU, Tentaram me reanimar já era, e a morte com Aquele cheiro terrível de morte com uma Enorme foice sega sorrindo, daqui a pouco se Aproxima de mim, sussurra nos meus ouvidos Se você não empacotar aqui no Hospital Santa Marcelina, lá os meus colegas Médicos Terminam o servicinho, que eu  Deveria Fazer sozinha,me levaram  para o Hospital Santa Marcelina, Não deu outra, lá os médicos Aplicaram Medicamentos errados na minha Veia, não Demorou muito e eu estava esticado E a morte Dá risada.
- Olha velhote bem que eu te falei, nós Trabalhamos lado a lado, quando o cabra é Teimoso meus colegas fazem o serviço.
Quanto a sua viuvinha, já tem um malandro De olho nela, já demorou.  Está bom pra você? Pra ela eu garanto que está bom, estas foram As últimas palavras que a bandida da morte Sussurro em meus ouvidos com aquele cheiro Sinistro de morte que lhes é característica e Ela partiu.
-E eu fui para o jazigo frio sinistro e Mórbidooooooooooo   
Antonio Laurentino Sobrinho
Enviado por Antonio Laurentino Sobrinho em 15/06/2013
Alterado em 04/09/2016
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